quinta-feira, 27 de junho de 2013

1789 terá pré-estreia para convidados na segunda


Com estreia oficial marcada para terça-feira (02), o espetáculo 1789 fará apresentação especial para 200 convidados na segunda-feira (1º). A pré-estreia da ópera afro-rock do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) será às 20 horas, na Tenda montada na Avenida Soares Lopes. A montagem, que conta a histórica revolta dos escravos do Engenho de Santana, ficará em cartaz ao longo do mês de julho, com sessões nas noites de quarta a sábado.

Como forma de incentivo à valorização dos produtos culturais da região, a avant-première não será gratuita. “Experiências em todo país comprovam que o público não deixa de apreciar o que gosta ao pagar para assistir. Então, por que com o teatro seria diferente? Assim, lançamos a campanha De graça não tem graça”, explica o autor e diretor Romualdo Lisboa. As entradas custam R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia, devendo ser reservadas com antecedência na Tenda do TPI ou pelo telefone (73) 4102-0580.

Além da harmônica combinação musical entre rock e música afro, dirigida por Elielton Cabeça, 1789 mistura as linguagens do teatro, dança e audiovisual. “A nossa estrutura não traz nada de novo. Apenas queremos contar um fato histórico de maneira diferente, do jeito do Teatro Popular de Ilhéus”, explica Romualdo. O espetáculo conta ainda com membros do Terreiro Matamba Tombenci Neto, remanescente dos escravos do Engenho de Santana. Mãe Hilsa Mukalê, matriarca da comunidade afro-descendente, também faz participação especial na peça. 

Tudo em 1789 está em constante transformação. Parte da estrutura cênica é construída pelos atores ao decorrer de cada acontecimento, com 60 sacos recheados com serragem. Ao todo, são 20 artistas em cena, que vão se revezando em diferentes papéis. Os figurinos foram confeccionados pelas costureiras do Terreiro Matamba Tombenci Neto e a maquiagem realizada por Guto Pacheco. Todos os equipamentos e acessórios foram adquiridos em Ilhéus, exceto o de rapel. 

A história de 1789 começa em uma fábrica de processamento de cacau no ano de 2089. Os trabalhadores lutam para produzir o próprio chocolate, deixando de exportar a matéria-prima. Nas discussões sobre a greve, lembram-se da rebelião dos cativos, que tomaram o Engenho de Santana entre 1789 e 1791. Assim, começam os saltos no tempo e espaço, até o fato histórico marcado por uma carta de reivindicações escrita pelos negros, demonstrando letramento entre os escravos, na época em que o analfabetismo era regra até entre os colonos brancos. 

As pesquisas históricas para 1789 foram orientadas pelo professor doutor Marcelo Henrique Dias, além de uma série de debates com especialistas no projeto Improviso, Oxente!, iniciada em 2008 e retomada em novembro de 2012. O espetáculo foi um dos contemplados pelo edital setorial de teatro do Fundo de Cultura da Bahia. A produção é de Pawlo Cidade, através da entidade sociocultural Associação Comunidade Tia Marita.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Animação e documentário no Cineclube Équio Reis desta terça

O Cineclube Équio Reis desta terça-feira (25) traz os vídeos De Pés Descalços, de Sheylla Tomás, e Acalanto, dirigido por Ana Paula Neves, Igor Jandiroba e Luele Vésper. O primeiro é uma animação sobre as aventuras de uma garotinha que entra no aparelho de televisão. Já o segundo é um documentário a respeito da luta dos pais de filhos com câncer. As exibições são gratuitas e começam às 19 horas, na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus, na Avenida Soares Lopes.

O Cineclube Équio Reis é um projeto do Núcleo de Produção Audiovisual do Teatro Popular de Ilhéus. Desde novembro do ano passado, vem sendo realizado em parceria com o curso de Comunicação Social da Universidade Estadual de Santa Cruz, exibindo trabalhos dos acadêmicos.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Escola Núcleo da Dança realiza Forró Balé na Tenda do TPI


Para encerrar as atividades do primeiro semestre, a Escola Núcleo da Dança realiza o Forró Balé. O evento acontecerá a partir das 18 horas desta quarta-feira (19), na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus. Segundo a diretora, Isabela Kruschewsky, os alunos irão apresentar várias modalidades de dança no ritmo de músicas regionais. As entradas custam R$ 10 e R$ 5.

No Forró Balé, o público poderá conferir coreografias de balé clássico, dirigida por Isabela Kruschewsky; de Jazz, sob a direção de Luciana Kruschewsky; e de Dança de Salão, orientada por Bianca Lavigne. Cerca de 50 alunos irão subir ao palco, não só demonstrando as técnicas aprendidas , mas também surpreendendo o público, através das combinações harmônicas com sons nordestinos.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

"Imagem no ar" e "O ex-mágico" no Cineclube desta terça

O Cineclube Équio Reis desta terça-feira (18) traz dois vídeos: Imagem no ar, de Lívia Gouveia, Malu Carvalho e Thalline Gonçalves , e O ex-mágico, dirigido por Adrian Greyce. O primeiro apresenta a história de uma jovem aficionada pelo rádio, criando imagens para tudo o que escuta. Já o segundo traz a história de um homem sombrio que vive da magia e decide cometer suicídio.

O Cineclube Équio Reis existe desde 2009, como uma ação do Núcleo de Produção Audiovisual do Teatro Popular de Ilhéus. Em novembro de 2012, passou a contar com a parceria do curso de Comunicação Social da Universidade Estadual de Santa Cruz, exibindo trabalhos dos acadêmicos. A entrada é franca e as exibições começam às 19 horas.

Núcleo de Dança do TPI celebra sucesso do projeto Chamgement

Cia. Dançart emocionou o público com Chover -as fases do sertão

Realizado pelo Núcleo de Dança do Teatro Popular de Ilhéus (TPI), o projeto de intercâmbios Chamgement estreou com sucesso. O primeiro encontro contou com a participação da Cia. Dançart, de Vitória da Conquista, e mais de 20 participantes. No sábado (15), foram realizadas as oficinas de Dança Contemporânea e Popular. E, no domingo (16), o grupo conquistense apresentou o espetáculo Chover – as fases do sertão. “Vamos transformar a dança na nossa cidade, através de parcerias, colaboração e trocas”, disse a coordenadora Érica Ocké. 
Oficina de Dança Contemporânea
com Érica Ocké

As oficinas que abriram o Chamgement foram direcionadas para bailarinos com mais de 13 anos de idade. A de Dança Contemporânea foi ministrada pela Coordenadora do Núcleo de Dança do TPI, Érica Ocké, que também dirige a A-RRISCA Cia. de Dança. Já a de Dança Popular foi conduzida pela diretora da Cia. Dançart, Adriana Galvão.
Cia. Dançart


O domingo foi marcado pela apresentação do espetáculo Chover –as fases do sertão. Segundo a diretora, Adriana Galvão, a montagem foi construída de forma colaborativa, misturando linguagens, como teatro, música e dança, para traduzir os sentimentos dos nordestinos diante à seca. “Não dá mais para fazer só dança. É preciso inovar sempre, incluindo todos os integrantes no processo criativo”, explicou.

A próxima etapa do projeto Chamgement será focada na Dança de Salão. Os encontros acontecerão nos dia 06 e 07 de julho, na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus. Os grupos convidados para o intercâmbio vêm de Itabuna e o fechamento das atividades será com uma mostra coreográfica. Desta vez, o público-alvo será mais amplo. Atores, bailarinos ou pessoas com afinidade à dança de salão poderão participar, gratuitamente.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

3º aniversário do projeto Sábado Sim





Promovido pelo coletivo Chocolate Groove, o projeto Sábado Sim valoriza e abre espaço para o som das bandas independentes da região. E, neste sábado (15), a iniciativa completa três anos com com muito rock. A partir das 19 horas, na pista de Skate da Avenida Soares Lopes, acontecem shows de Enttropua, Intercepto, Dr. Imbira e Mortífera. Os ingressos custam R$ 15.

O evento conta com apoio do Teatro Popular de Ilhéus, que sempre foi um dos parceiros do Sábado Sim. O grupo, inclusive, gravou DVDs de shows das bandas participantes do projeto, através do seu Núcleo de Produção Audiovisual.

Cia. Dançart neste sábado e domingo na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus


A Cia. Dançart, de Vitória da Conquista, abre o projeto de intercâmbios Chamgement, promovido pelo Núcleo de Dança do Teatro Popular de Ilhéus (TPI). A iniciativa será desenvolvida na Tenda do TPI, na Avenida Soares Lopes. Às 14 horas deste sábado (15), serão ministradas duas oficinas gratuitas para bailarinos. E, às 18 horas de domingo (16), o grupo convidado apresenta o espetáculo Chover – as fases do sertão. As entradas custam R$ 12 e R $6.

A oficina de Dança Popular será ministrada por Adriana Galvão, da Cia. Dançart, e a de Dança Contemporânea por Érica Ocké, diretora da A-RRISCA Cia. de Dança e coordenadora do Núcleo de Dança do Teatro Popular de Ilhéus. A capacitação disponibiliza 30 vagas para bailarinos com mais de 13 anos de idade.

Chover - as fases do sertão, Cia. Dançart
Dirigido por Adriana Galvão, Chover – as fases do sertão combina elementos da cultura popular com a erudita, traduzindo os sentimentos dos sertanejos obrigados a deixar suas terras por causa da seca. Bailarinos, atores e músicos apresentam ritmos tipicamente nordestinos, como o xaxado, coco e a ciranda, balé clássico e d
ança contemporânea. Após o espetáculo, será realizado um bate-papo com o público.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Dança do TPI, Chamgement é um passo de balé que significa troca dos pés. “Por isso escolhemos o nome para batizar o projeto, que prevê ações contínuas de intercâmbios de experiências, conhecimentos e percepções sobre fazer dança na Bahia”, explicou Érica Ocké. Uma vez por mês, serão reunidos grupos de dança ilheenses e convidados para realização de várias atividades, como oficinas, espetáculos, mostras coreográficas, ensaios abertos e seminários. 



Editora Mondrongo lança o livro "Mosaicos", de Fátima Soriano


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Cineclube desta terça-feira

O Cineclube Équio Reis desta terça-feira (11) traz os vídeos Fuga em 3 direções, de Mel Andrade, e Em Cores, dirigido por Louise Tillemann. O primeiro apresenta três videoclipes, concebidos a partir da experiência de dirigir não-atores. Já o segundo é um curta-metragem ficcional sobre a equipe de arte dentro de uma obra audiovisual. Desde novembro do ano passado, o Cineclube está sendo realizado em parceria com o curso de Comunicação Social da Universidade Estadual de Santa Cruz, exibindo trabalhos dos acadêmicos. A entrada é franca e as exibições começam às 19 horas.

Tenda do TPI recebe grupo de dança para oficina e espetáculo neste final de semana

Cia. Dançart em Chover - as fases do sertão, neste domingo (16)
na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus
A Tenda do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) recebe a Cia. Dançart, de Vitória da Conquista para iniciar uma série de intercâmbios de experiências, conhecimentos e percepções sobre fazer dança na Bahia. A iniciativa é realizada pelo Núcleo de Dança do TPI, incluindo oficinas de Dança Popular e Contemporânea, ás 14 horas de sábado (15) e apresentação do espetáculo Chover – as fases do sertão, no domingo (16), às 18 horas. A capacitação é gratuita e voltada para pessoas com experiência na área. As entradas para a apresentação custarão R$ 12 e R$ 6.

A oficina de Dança Popular será ministrada por Adriana Galvão, da Cia. Dançart, e a de Dança Contemporânea por Érica Ocké, diretora da A-RRISCA Cia. de Dança e coordenadora do Núcleo de Dança do Teatro Popular de Ilhéus. As inscrições são feitas na Tenda, entre as 14 e 18 horas. Estão disponíveis 30 vagas e os participantes já garantem o ingresso para o espetáculo de domingo. Dirigido por Adriana Galvão, Chover – as fases do sertão é uma produção do grupo conquistense e, após a apresentação, será realizado um bate-papo.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Dança do TPI, o intercâmbio de dança será uma ação contínua. “Uma vez por mês, reuniremos grupos de dança ilheenses e de outras cidades do Estado para compartilharem suas vivências e impressões sobre a Dança, através de várias ações, como oficinas, espetáculos, mostras coreográficas, ensaios abertos e seminários”, explicou Érica Ocké.

No mês de maio, a Tenda do TPI sediou o Ilhéus Dança, evento promovido pela Câmara Setorial de Dança, grupos e escolas da cidade. Foram realizadas sete apresentações, atraindo um público de mais de 600 pessoas, que conferiu diferentes estilos de expressão corporal, indo do balé clássico à dança de rua. De acordo com o titular da Câmara Setorial, Djalma Fernandes, pela primeira vez a dança desceu do palco e foi realizada de forma independente. “Os bailarinos se apresentaram cara a cara com o público, passando segurança e fortalecendo ainda mais o trabalho", afirmou.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Sábado e domingo de teatro na Tenda do TPI

Lendas da Lagoa Encantada
Tem espetáculos teatrais para todas as idades neste final de semana, na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus. No sábado (08), a Cia. Boi da Cara Preta apresenta o musical infanto-juvenil Lendas da Lagoa Encantada, às 19 horas. As entradas custam R$ 10 e R$ 5, sendo que 20% dos ingressos disponíveis são reservados, gratuitamente, para estudantes de escolas públicas. E no domingo (09), acontece a Mostra Cênica do Oficinão Finos Trapos. A apresentação começa às 18 horas e será gratuita.

Os personagens míticos se unem aos seres humanos para defender as tradições e o meio ambiente do “bicho mondrongo”. Essa é a trama central de Lendas da Lagoa Encantada, que traz para o palco parte do imaginário e das festas populares do povoado ilheense da Lagoa Encantada. A montagem é escrita por Romualdo Lisboa, tem direção musical de Elielton Cabeça e direção geral de Tânia Barbosa. 

A Mostra Cênica do Oficinão Finos Trapos apresenta um espetáculo teatral construído de forma colaborativa, ao longo da capacitação artística oferecida pelo Grupo de Teatro Finos Trapos. O título escolhido foi Eu nasci assim... Eu cresci assim... Mas agora mudei. Voltado para profissionais com experiência em artes cênicas, o projeto foi iniciado no último dia 30, com palestras e exercícios práticos. Ilhéus é a terceira cidade contemplada pela iniciativa, realizada em Juazeiro e Jequié, no mês de abril deste ano.
Formado em sua maioria por atores e atrizes de Vitória da Conquista, o Grupo Finos Trapos completou 10 anos no último dia 04 e, atualmente, sua sede fica em Salvador. O “Oficinão” foi oferecido gratuitamente, patrocinado pelo Fundo de Cultura da Bahia. A primeira experiência aconteceu em Vitória da Conquista, como contrapartida social do Projeto Auto da Gamela Temporada 2008. A segunda edição foi no ano passado, como parte do Projeto Afinações.

terça-feira, 4 de junho de 2013

TPI compartilha do posicionamento do Teatro Vila Velha.

Nós, artistas de outras cidades da Bahia estamos a cada edital mais distante das políticas implementadas pela Secretaria de Cultura, que pensa a Bahia como sendo a sua Capital. Nosso repúdio a este conjunto de ações que transformam política de Estado em Política de Governo, e Política Pública em ações para satisfazer "insatisfeitos" (principalmente se estes forem artistas de Salvador, "sublevados em busca de seu pirão primeiro" e não de autonomia). O Secretário, outrora foi convidado a se pronunciar a respeito do Cadastramento de grupos e artistas para contratação direta pela Secult, sem edital ou chamada pública, que foi convidado a se pronunciar sobre a diminuição de projetos aprovados de outras cidades da Bahia, mesmo com o aumento impressionante de projetos apresentados. O Secretário precisa vir a público apresentar seus argumentos. Porque, sem dúvidas, estamos diante de um retrocesso que pode custar caro aos espaços culturais independentes, aos grupos e artistas da BAHIA (toda).

Do Teatro Popular de Ilhéus
Núcleo de Comunicação

O Teatro Popular de Ilhéus é financiado pelo Fundo de Cultura da Bahia, através do Programa de Apoio a Ações Continuadas de Instituições Culturais. O TPI é Ponto de Cultura e mantém o espaço cultural Tenda do Teatro Popular de Ilhéus através de parceria com SEBRAE, Prefeitura Municipal de Ilhéus e Instituto Arapyaú.


Carta aberta ao Governador, ao Secretário de Cultura e ao Conselho de Cultura do Estado da Bahia 

“Não cabe ao Estado fazer cultura, mas, sim, criar condições de acesso universal aos bens simbólicos. Não cabe ao Estado fazer cultura, mas, sim, proporcionar condições necessárias para a criação e a produção de bens culturais, sejam eles artefatos ou mentefatos. Não cabe ao Estado fazer cultura, mas, sim, promover o desenvolvimento cultural geral da sociedade”. O trecho do discurso de posse do então ministro da Cultura, Gilberto Gil

A possibilidade de construção de autonomia para os espaços culturais de Salvador tem sido afetada drasticamente por uma série de programas lançados, desde o “Verão Cênico”, pela SECULT-BA. A meta é promover uma formação de platéia. Mas ingressos a um real ou gratuitos têm sido um desastre em vários lugares do mundo que adotaram em algum momento essa estratégia.

Tem sido demonstrado que o percentual de novos espectadores é reduzidíssimo. Ou seja: as mesmas pessoas que iriam pagando o preço proposto pelos produtores continuam indo, de graça ou a um real, e se desacostumam, ou estranham outros preços a partir daí.

Na última semana do mês de maio, a Secretaria de Cultura lançou, em coletiva de Imprensa, a sua programação para a Copa das Confederações, intitulada “Cultura em Campo” seguida do slogan “Se no Brasil o futebol é arte, na Bahia a Cultura entra em campo”. De que Cultura será que falam? Da Cultura que apenas o Estado é capaz de promover e gerir?

Em evento, o programa foi apresentado para alguns artistas convidados, jornalistas, produtores e representantes de equipamentos culturais. Criou-se a expectativa de uma proposta governamental que também contemplasse os espaços não-governamentais ou independentes e descentralizasse o papel da máquina estatal como promotora, produtora e gestora no mercado da cultura. Mas não foi o que ocorreu.

A impressão que fica é que o Estado, neste momento, quer ter o controle dos holofotes, num evento com esse potencial de projeção, que reúne times campeões de várias partes do mundo, representantes de todos os continentes, inclusive do país sede, por cerca de duas semanas, onde Salvador recebe jogos na Arena Fonte Nova.

No atual contexto em que o mundo se conecta e se comunica por meio de infinitas redes, como pode o Estado não apresentar um projeto que se articule com outros equipamentos e espaços importantes para a cena cultural baiana?

Não se reclama aqui alguma forma de “inclusão”, no sentido paternalista da coisa, se o fazemos é por uma preocupação com a sobrevivência econômica do setor. É preocupante perceber que não houve planejamento nem pensamento de programa, visando a Copa das Confederações, que fortalecesse os diversos segmentos da cadeia produtiva nessa área e que realmente esboçasse um formato eficiente de política cultural.

A programação, promovida pela Secretaria de Cultura do Estado, faz um recorte de cunho quase figurativo ou ilustrativo para o evento. É evidente que os espaços culturais da SECULT precisavam de uma boa programação. Mas isso limita a exposição da diversidade ao único olhar da curadoria estatal. O que soa autoritário e está longe do ideal republicano desse Governo.

Os ingressos a R$ 1,00 no Teatro Castro Alves funcionam no projeto "Domingo no TCA", por ser uma ação pontual de acesso àquele espaço. Entretanto, sua aplicação de maneira seqüencial no mês de junho, no “Cultura em Campo”, torna inviável o funcionamento de outros espaços não-governamentais, já impactados pela concorrência com as festas juninas e os próprios jogos. Sem levar em conta a estimativa de que apenas 1% da população vai ou foi ao teatro (uma vez por ano). Isso não fomenta o crescimento e o desenvolvimento do setor. Na verdade, é um verdadeiro gol contra a Economia da Cultura.

O acesso gratuito é um escândalo, se pensarmos que o Estado fomenta a indústria e a agricultura e nem por isso exige a distribuição gratuita dos produtos advindos desse fomento. O fomento ou subsídio em criação de infra-estruturas e renúncia fiscal visa a viabilidade da produção e sua distribuição além de outros insumos que essas atividades alavancam e benefícios para o desenvolvimento local.

Nessa perspectiva, diante da estratégia do projeto “Cultura em Campo”, de simplificar e focar apenas na estrutura do Estado, não há outra alternativa para os equipamentos culturais independentes senão correr o imenso risco financeiro de abrir suas portas, como sempre temos feito,.durante a Copa das Confederações.

Esperamos ainda que a SECULT repense seu plano de ação para o verão, a Copa do Mundo de 2014 e sempre. Para que a produção cultural baiana não se torne novamente refém e dependente unicamente do Estado como foi outrora.

Aguardamos ainda uma saída para a fragilidade criada.

Atenciosamente,

Teatro Vila Velha



segunda-feira, 3 de junho de 2013

Colo Colo e Capoeira são temas de dois vídeos do Cineclube desta terça

O Cineclube Équio Reis exibe dois documentários nesta terça-feira (04) às 19 horas. Dirigido por Amanda Maron, Dando aos pés astúcias de mãos apresenta a história do time de futebol ilheense Colo Colo, campeão baiano em 2006. Sob a direção de Karen Póvoas, o vídeo Volta ao Mundo traça um breve histórico da capoeira, símbolo da resistência negra presente em mais de 150 países.

O Cineclube é realizado pelo Núcleo de Produção Audiovisual do Teatro Popular de Ilhéus em parceria com o curso de Comunicação Social da Universidade Estadual de Santa Cruz. A entrada é franca.


Grupo Finos Trapos realiza “Oficinão” na Tenda do TPI


Iniciado na última quinta-feira (30), o “Oficinão Finos Trapos” entrará em sua segunda etapa de atividades, na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus (TPI). O projeto do Grupo de Teatro Finos Trapos é uma capacitação profissional voltada para pessoas com experiência em artes cênicas. Os resultados dos trabalhos serão apresentados em uma mostra, no próximo domingo (09), às 18 horas, no mesmo espaço cultural. A entrada será gratuita.

O “Oficinão” foi dividido em três módulos: “Preparação do Ator e Rotinas de Treinamento em Teatro de Grupo”, “Improvisação para o teatro: Por uma Dramaturgia da Sala de ensaio” e “Reflexões sobre a prática de Captação de Recursos no Sistema de Produção Continuada”. Neste ano, Ilhéus é a terceira cidade contemplada pela capacitação, realizada em Juazeiro e Jequié, durante o mês de abril.

A primeira experiência do “Oficinão Finos Trapos” aconteceu em Vitória da Conquista, como contrapartida social do Projeto Auto da Gamela Temporada 2008. A segunda edição foi no ano passado, integrando o Projeto Afinações. Em 2013, o Grupo Finos Trapos realiza a ação de maneira independente, com patrocínio do Fundo de Cultura da Bahia.