quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Show com trilhas do TPI celebra 20 anos do grupo

Integrando as atividades comemorativas dos 20 anos do Teatro Popular de Ilhéus (TPI), a Cia. Boi da Cara Preta está montando um show com as trilhas musicais de espetáculos do grupo. Intitulado Teatro para Ouvir, o novo espetáculo deve estrear na segunda quinzena de abril. “Será uma forma de preservarmos a história construída ao longo dessas duas décadas, relembrar peças marcantes e apresentá-las para um novo público”, declarou a diretora geral, Tânia Barbosa.

A Cia. Boi da Cara Preta faz parte do Núcleo Infantojuvenil do Teatro Popular de Ilhéus. O elenco é composto por atores, atrizes e músicos experientes em cantar e executar as trilhas musicais ao vivo. “A formação musical é um processo que vem acontecendo a cada espetáculo. As canções já estão prontas, mas podem ganhar novos arranjos”, adiantou o diretor musical, Elielton Cabeça.

Teatro para Ouvir será apresentado ao ar livre, no palco rodante, reboque projetado pelo arquiteto Carl von Hauenschild que levou Medida por Medida às ruas de Salvador e Ilhéus. Além das trilhas musicais do TPI, vai contar também com recursos audiovisuais e pequenas cenas teatrais. O repertório não seguirá uma ordem cronológica dos espetáculos e, como a duração máxima será de 1h30min, o show terá outras edições, a fim abarcar o máximo de canções.

O show musical integra o Festival TPI 20 anos, uma série de atividades comemorativas. Até o final deste ano, haverá bate-papos e debates com personalidades importantes para a história do Teatro Popular de Ilhéus, através do projeto Improviso, Oxente!; remontagem de A história engraçada e singela de Fuscão – o quase capão – e o cabo eleitoral, espetáculo de estreia do grupo em 1995, escrito por Équio Reis; montagem de Iararana, de Sosígenes Costa, em parceria com o diretor cubano Luis Alberto Alonso. Ainda será lançado o livro “A vida é uma rima: biografia do Teatro Popular de Ilhéus”, do jornalista, pesquisador e crítico teatral, Valmir Santos.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Franklin Costa abordou história e engajamento político do TPI

Durante bate-papo que faz parte do Festival TPI 20 anos, o ator e diretor Franklin Costa falou sobre sua relação com o Teatro Popular de Ilhéus (TPI). “Quando Équio Reis propôs o nome do grupo, já propôs uma história a ser escrita”, afirmou o artista que fez parte da primeira formação do TPI. Em sua fala, ele destacou o engajamento político do grupo, através da proximidade com o povo, a seriedade do trabalho consolidado e a resistência ao longo de duas décadas.

Acerca da gênese do Teatro Popular de Ilhéus, Franklin Costa disse que foi apresentado a Équio Reis por Pedro Mattos, na época que frequentava a Casa dos Artistas. Sua aproximação com o fundador do TPI foi facilitada pela visão politizada das artes cênicas. “Com Fuscão, Équio resgatou o princípio do teatro. Era um texto popular, atrevido e divertido, que nos aproximou do público”, relatou.

Franklin ressaltou a estratégia de sobrevivência do Teatro Popular de Ilhéus, que vem resistindo ao longo de duas décadas. O convidado disse que muitas pessoas conseguem se manter fazendo teatro, mas, dificilmente, grupos sobrevivem por tanto tempo. Ele destacou a importância da arte enquanto ferramenta de interferência política, que alcança diretamente o povo, o principal agente político. O ator e diretor ainda afirmou que o teatro é cíclico, consistente, autônomo e possui um futuro promissor.

Além da conversa sobre a história do TPI, que integrou o projeto de debates Improviso,Oxente! sobre as relações entre a história do Teatro Popular de Ilhéus e a realidade regional, o público acompanhou a leitura dramática do primeiro espetáculo montado pelo grupo, A história engraçada e singela de Fuscão – o quase capão – e o cabo eleitoral, escrito por Équio Reis. A peça foi remontada em 2004 por Romualdo Lisboa, após a morte do autor. A montagem voltará à cena neste ano, como parte das comemorações das duas décadas de existência do Teatro Popular de Ilhéus.

Até o mês de dezembro, além de encontros com personalidades importantes para a história do grupo, o Festival TPI 20 anos realizará leituras dramáticas das principais montagens; montagem de Iararana, de Sosígenes Costa, em parceria com o diretor cubano Luis Alberto Alonso; e lançamento do livro “A vida é uma rima: biografia do Teatro Popular de Ilhéus”, do jornalista, pesquisador e crítico teatral, Valmir Santos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Festival TPI 20 anos recebe Franklin Costa para bate-papo

Franklin Costa bate-papo com o público sobre
os 20 anos no Teatro Popular de Ilhéus
Fundado por Équio Reis em 1995, o Teatro Popular de Ilhéus (TPI) completa duas décadas de existência no próximo mês de agosto. Para celebrar este marco histórico, o grupo preparou um conjunto de atividades comemorativas, o Festival TPI 20 anos. Na próxima sexta-feira (20), um dos membros fundadores do grupo, o ator e diretor Franklin Costa, será o primeiro convidado para os bate-papos acerca da gênese do TPI. O evento é aberto ao público em geral e começa às 19 horas, na Tenda, montada na Avenida Soares Lopes.

Além das conversas com pessoas importantes para a história do grupo, até dezembro, o Festival TPI 20 anos realizará leituras dramáticas das principais montagens; remontagem da peça Fuscão, de Équio Reis, espetáculo de fundação do TPI; montagem de Iararana, de Sosígenes Costa, em parceria com o diretor cubano Luis Alberto Alonso; e lançamento do livro “A vida é uma rima: biografia do Teatro Popular de Ilhéus”, do jornalista, pesquisador e crítico teatral, Valmir Santos.

O Festival TPI 20 anos começou em janeiro, com a estreia em Ilhéus de Medida por Medida, montagem resultante do projeto de ocupação artística do Teatro Castro Alves (TCA.Núcleo 2014), em parceria com o grupo Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte. Entre as atividades já confirmadas, em março, o projeto de debates Improviso, Oxente! volta para discutir a história do TPI e suas relações com a política, a história regional, a estética e a identidade cultural do povo grapiúna.

Uma salva de palmas infinita, ao amigo Barão de Popoff

Barão de Popoff - foto José Nazal
Desde 1995, quando o Teatro Popular de Ilhéus foi fundado, o Barão de Popoff tem acompanhado o grupo. Mais do que isso, Popoff incentivou e patrocinou nossas ações. Sempre nos impediu de fazer a promoção de seu nome como patrocinador. A única coisa que nos pediu em troca foi a exposição de um quadro, quando ainda estávamos na Casa dos Artistas, um quadro com uma homenagem a Pedro Mattos, um poema que escreveu na ocasião da morte de Pedro e que depois foi publicado no Diário de Ilhéus. 

Atento aos problemas da cidade, Popoff, com seu jeito peculiar de ver a vida - com alegria e disposição - não perdia a oportunidade de mostrar sua indignação frente o desleixo dos governantes à sua amada Ilhéus. Mas não ficava só na indignação, ele foi um homem de trabalho. Juntou amigos e reformou a Praça do Cadete, no Outeiro de São Sebastião, num ato de demonstração de cidadania e compromisso com a cidade. 

Um exímio contador de histórias, esteve na Tenda em meados de 2014, para nos falar sua opinião sobre a luta pela terra no Sul da Bahia. O que tivemos foi uma aula de história, com um repertório que escola nenhuma poderia nos dar. O Barão, diante de nossos espetáculos sempre nos perguntava: "Vocês têm noção do que estão fazendo, seus malucos?" Agora é nossa vez de perguntá-lo: Ô baiano, você tem noção do que está fazendo? Partir assim, sem dizer adeus?" O baiano partiu. Mas certamente partiu feliz! Porque foi assim que ele viveu: feliz e distribuindo felicidade! 

O Teatro Popular de Ilhéus apresenta: uma salva de palmas infinita, ao amigo Barão de Popoff!!!

*Texto de Romualdo Lisboa

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Cine Incidental levou cinema e música a bairros ilheenses

O projeto Cine Incidental proporcionou uma experiência diferente a moradores de seis localidades ilheenses. O espetáculo, que combina cinema e música, apresentou filmes de Charles Chaplin acompanhados por trilha sonora original, executada pelos músicos Elielton Cabeça e Pablo Lisboa. Entre os dias 03 e 12 de fevereiro, o projeto passou pelo Teotônio Vilela, Hernani Sá, Morada do Porto, Nossa Senhora da Vitória, Centro e Conquista.

Com apoio de lideranças das comunidades, o Cine Incidental foi executado em diferentes condições. Em praça pública ou na sede de associações, o projeto contou com a presença de público variado. Crianças, jovens, adultos e idosos se divertiram, conhecendo ou relembrando as obras do mestre do humor, Chaplin. “Com os músicos tocando ao vivo, a experiência ficou ainda mais divertida e interessante, pois deu uma cara nova aos filmes”, relatou a aposentada Maria das Graças de Jesus.

As apresentações do Cine Incidental duravam aproximadamente 35 minutos. Com instrumentos tradicionais e alternativos, os artistas criavam músicas e efeitos sonoros para os curtas-metragens Um Dia de Prazer (1919) e Dia de Pagamento (1922). O projeto também integrou as atividades do Cineclube Équio Reis.     

A realização do Cine Incidental contou com patrocínio da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), através do Calendário das Artes, concurso que seleciona propostas que estimulem o desenvolvimento das artes. O projeto ainda contou com suporte do Teatro Popular de Ilhéus.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Nas Rimas do Cordel termina em encontro literário na Tenda


Na noite da última quarta-feira (11), a Tenda Teatro Popular de Ilhéus foi tomada pelo clima descontraído da literatura popular. Para encerrar as atividades do projeto Nas Rimas do Cordel, foi realizado um encontro literário que apresentou ao público os resultados da iniciativa. Ao todo, foram lançados 11 títulos inéditos de diferentes temáticas, escritos pelos novos cordelistas de Ilhéus e com as capas ilustradas por Mário Costa.

O coordenador do projeto Gilton Thomaz e oficineiro Franklin Costa, ambos cordelistas consagrados, conversaram com a plateia, sob a mediação do professor da Universidade Federal do Sul da Bahia, Felipe de Paula. “Como qualquer gênero literário, a literatura de cordel segue algumas regras, mas qualquer interessado pode se tornar um autor. Basta escrever sua história em rimas e distribuir entre a comunidade”, explicou Franklin.  

O encerramento de Nas Rimas do Cordel contou com a presença de estudantes e professores da turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Nucleada de Aritaguá II. O professor e historiador Arléo Barbosa também participou do evento, revelando que é um grande apreciador do gênero literário popular. Ele destacou o sucesso do uso cordel, enquanto recurso pedagógico, para o ensino da história de Ilhéus na Educação Básica.

Entre os cordéis apresentados ao público, foram: “A história do cordel em cordel”, de Gilton Thomaz, declamado por Márcia Mascarenhas; “Criançando”, de Távila Aparecida; um trecho de “O Fiscal e A Fateira”, de Équio Reis, interpretado por Ely Izidro; “Encantos e Desencantos de Narciso e o Pau de Selfie”, de Karoline Vital; além do clássico de Manoel Camilo dos Santos, “Viagem a São Saruê”, por Franklin Costa. O cordelista Gilton Thomaz também recitou fragmentos de várias obras de sua autoria. A participação especial foi de Edvaldo Coelho dos Santos, o “seu” Carioca, alfabetizado há seis anos e, aos 70 anos, é aluno da 5ª série da Escola Nucleada de Aritaguá.


As atividades de Nas Rimas do Cordel aconteceram ao longo de janeiro deste ano, através de oficinas gratuitas oferecidas nos bairros Teotônio Vilela, Nelson Costa e Conquista. A iniciativa foi financiada pelo Fundo de Cultura da Bahia, através do edital de Culturas Populares, e ainda recebeu apoio das associações de moradores das localidades e do Terreiro Matamba Tombenci Neto. 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Nas Rimas do Cordel promove encontro com escritores na Tenda

Depois de ministrar oficinas nos bairros Teotônio Vilela, Nelson Costa e Conquista, o projeto Nas Rimas do Cordel vai realizar um encontro com escritores na Tenda Teatro Popular de Ilhéus (TPI). A atividade acontecerá às 19 horas dos próximos dias 10 e 11, em frente ao espaço cultural instalado na Avenida Soares Lopes. A iniciativa é gratuita e aberta ao público interessado no gênero literário popular.

Os cordelistas Gilton Thomaz e Franklin Costa irão apresentar os resultados das atividades realizadas nos bairros ilheenses, com os participantes das oficinas lendo e expondo seus textos. Durante as duas noites, foram convidados escritores regionais consagrados para bate-papo com o público. Já estão confirmadas as presenças de André Rosa Ribeiro, no dia 10, e Sherney Pereira, no dia 11.


O projeto Nas Rimas do Cordel foi realizado ao longo do mês de janeiro deste ano. Coordenada por Gilton Thomaz, a iniciativa gratuita oferecia aulas práticas e teóricas sobre literatura de cordel. Franklin Costa foi responsável por conduzir as atividades, que contaram com o apoio de lideranças comunitárias. As capas dos livretos foram ilustradas por Mário Costa, que criou os desenhos a partir de sugestões dos autores. A iniciativa é financiada pelo Fundo de Cultura da Bahia, através do edital de Culturas Populares.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Cinema Incidental circula por seis bairros ilheenses

O projeto Cinema Incidental vai mostrar que não há limites de sons para acompanhar o cinema mudo. A partir desta terça-feira (03), os músicos Elielton Cabeça e Pablo Lisboa circularão por seis bairros ilheenses projetando filmes de Charles Chaplin e executando a trilha sonora ao vivo. A primeira localidade visitada será o Teotônio Vilela. A atividade será na sede da Associação de Moradores, a partir das 20 horas.

As apresentações do Cinema Incidental duram 30 minutos, são gratuitas e livres para todos os públicos. Com instrumentos tradicionais e alternativos, os artistas criam músicas e efeitos sonoros para dois curtas-metragens de Chaplin. O projeto, que também integra as atividades do Cineclube Équio Reis, visitará os bairros Morada do Porto (dia 04), Hernani Sá (dia 05), Nossa Senhora da Vitória (dia 10), Iguape (dia 11) e Conquista (dia 12). As sessões começam sempre às 20 horas.

A realização do Cinema Incidental nas localidades ilheenses conta com patrocínio da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), através do Calendário das Artes, concurso que seleciona propostas que estimulem o desenvolvimento das artes. O projeto ainda é apoiado pelo Teatro Popular de Ilhéus e lideranças comunitárias de cada bairro.